Símbolos do Cristianismo |
A mesma frase que encerra o mito da homossexualidade, é válida para este. A escolha da orientação religiosa de uma pessoa é seu direito garantido pela Constituição Brasileira, faz parte de suas liberdades pessoais e não deve sofrer intervenção de nenhum profissional de Psicologia.
Buda, símbolo do Budismo |
Num país múltipla cultura como o Brasil, embora de maioria cristã e direcionamento quase não-laico nesse sentido, é muito comum que um profissional de saúde mental tenha que lidar com o que representa a diferença de suas próprias crenças.
Símbolo do Islamismo |
De fato, psicólogos são treinados a atenderem pessoas de toda variedade cultural e religiosa, buscando ajudar seus pacientes sem induzi-los a uma religião específica, ou incentivá-lo a retirar-se de uma. As crenças pessoais de um indivíduo fazem parte dele como um todo, é o que faz cada pessoa ser quem ela é, e as crenças religiosas ou mesmo a ausência delas (ateus) estão inclusas, e devem ser respeitadas, segundo as resoluções próprias da profissão.
Cena representando orixás, da Umbanda |
Se uma pessoa estiver em tratamento e durante este resolver converter-se para uma religião, ou retirar-se de uma, deve ser claro e transparente que essa decisão partiu tão somente da própria pessoa, e nunca como uma sugestão ou indução de seu terapeuta, e menos ainda como parte do tratamento.
Nunca é demais repetir, pois aspectos religiosos não são técnicas científicas e não podem ser utilizados como tal por profissionais de Psicologia. A escolha religiosa de cada indivíduo, portanto, diz respeito apenas a ele na relação entre paciente e psicólogo.
Estrela da Davi, símbolo do Judaísmo |
Shiva, um dos deuses do Hinduísmo |
Complicações dessa questão normalmente são vistas quando os psicólogos deixam que sua própria orientação religiosa interfira em seu profissionalismo. No entanto, temos suficiente formação e treinamento para sabermos lidar com a separação desses dois aspectos.
Um bom psicólogo que seja cristão, deve saber tratar respeitosa e profissionalmente um paciente que seja budista, por exemplo, e essas diferenças não devem ser fatores relevantes de prejuízo na condução do treinamento, se for feito corretamente e dentro da ética.
Representação de um xamã indígena, da tribo americana Sioux |
Se um psicólogo, portanto, sugeriu que você abandone sua fé pelo seu bem, ou que ao contrário, deveria aderir a alguma outra ou mesmo a dele próprio, saiba que isso não deveria ter sido feito.
Andre Borghi
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