segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Psicólogos irão tentar fazer você mudar de religião?

Símbolos do
 Cristianismo

A mesma frase que encerra o mito da homossexualidade, é válida para este. A escolha da orientação religiosa de uma pessoa é seu direito garantido pela Constituição Brasileira, faz parte de suas liberdades pessoais e não deve sofrer intervenção de nenhum profissional de Psicologia.

Buda, símbolo
do Budismo
Num país múltipla cultura como o Brasil, embora de maioria cristã e direcionamento quase não-laico nesse sentido, é muito comum que um profissional de saúde mental tenha que lidar com o que representa a diferença de suas próprias crenças.

Símbolo do
 Islamismo
De fato, psicólogos são treinados a atenderem pessoas de toda variedade cultural e religiosa, buscando ajudar seus pacientes sem induzi-los a uma religião específica, ou incentivá-lo a retirar-se de uma. As crenças pessoais de um indivíduo fazem parte dele como um todo, é o que faz cada pessoa ser quem ela é, e as crenças religiosas ou mesmo a ausência delas (ateus) estão inclusas, e devem ser respeitadas, segundo as resoluções próprias da profissão.

Cena representando orixás,
 da Umbanda
Se uma pessoa estiver em tratamento e durante este resolver converter-se para uma religião, ou retirar-se de uma, deve ser claro e transparente que essa decisão partiu tão somente da própria pessoa, e nunca como uma sugestão ou indução de seu terapeuta, e menos ainda como parte do tratamento.

Nunca é demais repetir, pois aspectos religiosos não são técnicas científicas e não podem ser utilizados como tal por profissionais de Psicologia. A escolha religiosa de cada indivíduo, portanto, diz respeito apenas a ele na relação entre paciente e psicólogo.
Estrela da Davi, símbolo
do Judaísmo

Shiva, um dos deuses
 do Hinduísmo
Complicações dessa questão normalmente são vistas quando os psicólogos deixam que sua própria orientação religiosa interfira em seu profissionalismo. No entanto, temos suficiente formação e treinamento para sabermos lidar com a separação desses dois aspectos.

 Um bom psicólogo que seja cristão, deve saber tratar respeitosa e profissionalmente um paciente que seja budista, por exemplo, e essas diferenças não devem ser fatores relevantes de prejuízo na condução do treinamento, se for feito corretamente e dentro da ética.
Representação de um xamã indígena,
da tribo americana Sioux

Se um psicólogo, portanto, sugeriu que você abandone sua fé pelo seu bem, ou que ao contrário, deveria aderir a alguma outra ou mesmo a dele próprio, saiba que isso não deveria ter sido feito.












Andre Borghi

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